ATA DA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
11-5-2011.
Aos onze dias do mês de maio do ano de dois mil e
onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e
Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli
Sell, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Mario Manfro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Engenheiro Comassetto, o
Projeto de Resolução nº 022/10 (Processo nº 3127/10); e pelo vereador Toni
Proença, o Projeto de Resolução nº 010/11 (Processo nº 1309/11). Também, foram
apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nos
037 e 038/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, respectivamente do
dia dez ao dia doze de maio do corrente, na BITS – Business Information Technology
South America – Feira e Congresso –, e no dia dez de maio do corrente, na
cerimônia de abertura oficial desse evento, em Porto Alegre; e nº 101/11, de
autoria do vereador Pedro Ruas, ontem, no Grande Expediente da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem ao septuagésimo
aniversário da Justiça do Trabalho, às quatorze horas, no Plenário 20 de
Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Ainda, foi apregoado Requerimento
s/nº (Processo nº 1789/11), de autoria da vereadora Maristela Maffei, deferido
pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente
este Legislativo, do dia dez ao dia doze de maio do corrente, em palestra sobre
“Gestão Pública e Privada no Ensino Médio na Área de Tecnologia”, no Município
de Cocal do Sul – SC. Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos
290917, 290918, 290919, 290920, 290921, 290922, 290923, 290924, 290925, 290926,
290927, 290928 e 290929/11, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as
Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima
Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava,
Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima Segunda, Trigésima
Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta, Trigésima Sexta e Trigésima
Sétima Sessões Ordinárias, da Quinta Sessão Extraordinária e da Primeira e Segunda
Sessões Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Mauro Zacher, Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, este pelo Governo, Nilo Santos,
Idenir Cecchim, Airto Ferronato, João Antonio Dib, Adeli Sell, este pela
oposição, e Luiz Braz. Na oportunidade, por solicitação do vereador Mauro
Zacher, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Carlos
Alberto Tejera de Ré, falecido no dia de hoje. Durante o pronunciamento do vereador Mauro
Pinheiro, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema abordado
por Sua Excelência. Às quinze horas e dezessete minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, o vereador João
Antonio Dib formulou Requerimento verbal, posteriormente retirado pelo Autor,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do
Dia, tendo-se manifestado a respeito o vereador Reginaldo Pujol. A seguir, foi
rejeitado Requerimento verbal formulado pela vereadora Fernanda Melchionna,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do
Dia, por onze votos SIM e quatorze votos NÃO, em votação nominal solicitada
pelo vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato,
Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly,
Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro
Ruas e Toni Proença e Não os vereadores Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio,
Luiz Braz, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo e Waldir Canal. Na oportunidade, os vereadores Reginaldo Pujol,
Mauro Pinheiro, Haroldo de Souza e Mauro Zacher e a vereadora Maria Celeste
manifestaram-se acerca do Requerimento verbal formulado pela vereadora Fernanda
Melchionna, de alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem
do Dia. Em Renovação de Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 164/09 (Processo nº 3628/09), após ser encaminhado à votação pelos
vereadores Pedro Ruas, como autor, e Bernardino Vendruscolo e pela vereadora
Fernanda Melchionna. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 164/09, por nove votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal
solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Fernanda
Melchionna, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Pedro Ruas e Toni Proença e Não
os vereadores Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo
Santos, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº
164/09, por oito votos SIM e doze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo
vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Fernanda
Melchionna, Maria Celeste, Pedro Ruas e Toni Proença e Não os vereadores
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo
Santos, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Após, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos
acerca da tramitação, neste Legislativo, do Requerimento nº 008/11 (Processo nº
0977/11). Durante a renovação da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº
164/09, o vereador Nelcir Tessaro votou contrariamente à Emenda nº 01 aposta e
ao Projeto original. No entanto, os votos manifestados por Sua Excelência não
foram computados pelo Sistema Eletrônico de Votações, devido a equívoco na sua
utilização. Comprovados os fatos por meio de imagens produzidas pela TV Câmara
e atendendo à determinação constante no Processo nº 1955/11 – COM (Retificação
dos registros da renovação de votação do PLL 164/09 – Proc. n. 3628/09),
registra-se tal circunstância na presente Ata, destacando-se que os votos
manifestados pelo vereador Nelcir Tessaro não foram incluídos na nominata de
votantes das matérias supramencionadas em face do disposto no artigo 176, § 2º,
do Regimento, o qual veda o registro ou retificação de voto após a proclamação
do resultado da votação, e em razão da impossibilidade de alteração dos
relatórios de votação emitidos pelo Sistema Eletrônico de Votações. Na
oportunidade, o vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, solicitando a
realização de reunião da Mesa Diretora com representantes de moradores do
bairro Passo das Pedras. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 016/10 (Processo nº 4370/10), o qual, após ser
discutido pelo vereador Bernardino
Vendruscolo, teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento,
aprovado, de autoria do vereador João Antonio
Dib, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Reginaldo Pujol,
Mauro Zacher, Bernardino Vendruscolo
e João Antonio Dib. Em prosseguimento,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do
Dia. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 002/10 (Processo nº 1387/10), discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Na ocasião,
em face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor
Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação do Projeto de Emenda à
Lei Orgânica nº 002/10 (Processo nº 1387/10). A seguir, o senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca da tramitação, nesta Casa, do Requerimento nº 022/11
(Processo nº 1387/11). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 028/11 (Processo
nº 1710/11). Às dezesseis horas e seis minutos, o senhor Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 172/10, discutido
pelos vereadores Reginaldo Pujol e Alceu Brasinha, e 040, 044, 046 e 045/11,
este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 106/10, discutido pelo vereador Airto Ferronato,
e 043 e 037/11, este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Durante a Sessão,
os vereadores Alceu Brasinha, Reginaldo Pujol, Pedro Ruas, Bernardino
Vendruscolo e Nilo Santos manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também,
foi registrada a presença do senhor Carlos Boa Nova, Conselheiro
do Orçamento Participativo de Porto Alegre. Às dezesseis horas e vinte e nove minutos, nada mais
havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos
vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença.
Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu pedi que me oportunizassem estes poucos
minutos para uma Comunicação de Líder, claro que sob forte emoção, porque hoje
é um dia muito triste para nós, trabalhistas, pedetistas, porque perdemos uma
grande figura, um dos grandes militantes, o primeiro Presidente da nossa
Juventude - o nosso Diretor Luiz Afonso me acena, concordando -, o Carlos
Alberto Tejera de Ré, conhecido como Minhoca por todos nós. Na manhã de hoje,
ele está sendo velado, e será cremado hoje, às 18 horas.
Hoje é um dia triste,
porque o Carlos de Ré é uma daquelas figuras que transitam pela política do
nosso Estado e é lembrado com grande alegria e, principalmente, é uma grande
referência para a nossa juventude, um homem que atuou nos bastidores do nosso
Partido, que foi um grande companheiro do Brizola, que foi um dos grandes
articuladores da fundação do nosso PDT e, sobretudo, um homem de uma biografia
marcante para a construção da democracia deste País. O Minhoca foi o mais jovem
preso político daqueles momentos difíceis do nosso País. O Minhoca foi um dos
grandes combatentes da ditadura neste País. Minhoca, o Carlos Tejera de Ré, que
nos deixa saudades, foi companheiro do Carlos Araújo, companheiro da Presidente
Dilma, e nos deixa, no dia de hoje, com a saudade de uma pessoa que teve grande
importância no nosso Estado e na construção do nosso Partido. Eu tive o
privilégio de tê-lo como conselheiro das horas boas e das difíceis; tive o
privilégio de ter o Minhoca me ajudando a construir uma campanha, e, sobretudo,
o Minhoca nos fazia relembrar, em todos momentos, da importância de
construirmos o nosso PDT, o momento, as bandeiras; da importância de manter a
nossa determinação. Como poucos, naqueles momentos, nos momentos difíceis por
que o nosso Partido passou, ele esteve, permanentemente, ao lado de Brizola.
A emoção nos comove
no dia de hoje; é um dia de bastante tristeza, mas eu poderia ler para vocês a
biografia dessa figura maravilhosa - também amigo pessoal do Ver. Pujol, que
está aqui. Hoje falei com vários Vereadores nesta Casa, e todos eles, em nome
do seu Partido, também relembravam essa figura importante, de uma história
magnífica, um grande amigo pessoal meu e que hoje perdemos; mas fica a
história, ficam os momentos importantes em que o Minhoca esteve à frente do
nosso Partido, um homem importante, um homem que ajudou a construir o PDT e
que, principalmente, fez da sua vida uma vida determinada à política e entregou
a sua juventude para que nós pudéssemos construir um país democrático. Vá em
paz, meu amigo Minhoca! Gostaria de solicitar um minuto de silêncio pelo
falecimento dessa grande pessoa, desse amigo, Carlos Tejera de Ré. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferimos o pedido, fazendo nossas suas palavras, Ver. Mauro Zacher.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia, Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; público que nos assiste pelo Canal 16;
público das galerias, eu quero aproveitar este tempo de Liderança, Presidente
Sofia, para compartilhar com os meus colegas Vereadores, primeiro, uma matéria
que saiu no jornal Zero Hora; depois, um vídeo a que assisti, Ver. Airto Ferronato,
bastante interessante. Quero compartilhar o vídeo com os colegas Vereadores que
talvez não tenham tido a oportunidade de assisti-lo. É um vídeo muito
interessante, e peço a atenção dos Vereadores. O vídeo é de três jovens
universitários de Publicidade que acharam uma maneira bastante criativa de
mostrar os problemas da Cidade. Esse vídeo já teve 38 mil acessos, talvez pela
sua magnitude ou pelo grave problema que os estudantes apresentam - acho que
por ambos os motivos, pela sua criatividade e pelo que eles apresentam no
vídeo. Então, peço aos Vereadores que ainda não o assistiram que o assistam.
(Procede-se à
apresentação do vídeo.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Esse vídeo foi
gravado num domingo de manhã em cinco bairros da Cidade: Petrópolis, Bela
Vista, Mont’Serrat, Moinhos de Vento e Vila Ipiranga. Os próprios idealizadores
do vídeo falam que, em cinco bairros nobres da nossa Capital, esse é o estado
de conservação das nossas ruas, das nossas calçadas; imaginamos como está a
situação na periferia. Nós, que conhecemos a periferia, sabemos que lá está bem
pior.
Então, nesta Porto
Alegre, a Porto Alegre que se prepara para a Copa do Mundo, temos muitos
problemas ainda para resolver até a Copa. Agora, se não conseguirmos terminar
os estádios para a Copa, podemos fazer um campeonato de golfe, porque há
bastante espaço para campeonato de golfe em Porto Alegre.
Quero parabenizar
esses três estudantes, que são estudantes de muita imaginação e que mostram os
problemas de nossa Cidade com muita criatividade. São o Luciano Braga, o
Gabriel Gomes e o Giovani Groff, três jovens estudantes de Publicidade que
fizeram um excelente vídeo, mostrando os problemas da Cidade com muita
criatividade e que nos deixam a preocupação com esses problemas. Nós, que
andamos pela Cidade, sabemos desses graves problemas. Quero me solidarizar com
a iniciativa desse vídeo, que já teve 38 mil acessos. Além da beleza da
produção do vídeo, fica o registro dos graves problemas que ele busca mostrar
para a sociedade, e nós, Vereadores, devemos nos somar e buscar soluções para a
nossa Cidade, tendo em vista a aproximação da Copa de 2014. Nós, que estamos
tão preocupados com as obras da Copa, devemos nos preocupar com as ruas da
Cidade, com as calçadas, com a periferia. Portanto, é este o apelo que faço aos
nobres Vereadores, que se somem à luta, junto com esses três estudantes, para
trazermos os problemas para os quais, com certeza, a Prefeitura de Porto Alegre
vai buscar a solução. Muito obrigado pela atenção dos nobres Pares.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, se é permitido mostrar, eu também quero requerer um
tempo para eu mostrar todos os “buracos participativos” que vocês fizeram nos
16 anos que governaram esta Cidade. Essa palhaçada que o Ver. Mauro Pinheiro mostrou
não colaborou com nada.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Alceu Brasinha, é da liberdade de cada
Vereador manifestar a sua opinião, e V. Exª terá plena liberdade.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, eu gostaria de um esclarecimento. Como
é que o setor dos Anais da Casa vai registrar esse pronunciamento na parte em
que o orador não se manifestava, apenas veiculava uma música, acompanhada de
uma competição de golfe que ele anunciou aqui na Cidade?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Reginaldo Pujol, me informa o nosso Diretor
Legislativo que podemos anexar uma cópia do vídeo aos registros da Casa.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, meu caro Ver. Mauro Pinheiro, V.
Exª é um novo Vereador nesta Casa e não conhece bem os assuntos da Cidade,
especialmente daqueles 16 anos que o Governo de V. Exª governou esta Cidade,
quando o número de buracos era maior do que hoje. Eu sei que tem buracos e não
estou defendendo a Administração em razão do que foi ali apresentado. Agora, eu
tenho que discordar de V. Exª, quando V. Exª diz que nós devemos auxiliar os
jovens. Não, os jovens chamaram atenção de Vereadores como V. Exª, que não
reclamam no momento que encontram uma coisa errada nas ruas da nossa Cidade;
isso é obrigação dos Vereadores, e não daqueles três jovens. Claro que nós
todos, Vereadores, havíamos lido nos jornais da Cidade o trabalho desses três
jovens publicitários, ou estudantes de Publicidade, não sei exatamente, mas
muito bem pensado. Até se olhássemos o material apresentado, nós veríamos que a
faixa de segurança estava direitinha, lisinha, sem nenhum problema; encontraram
alguns buracos, não dá para avaliar. Agora, é obrigação dos Vereadores como V.
Exª, Ver. Mauro, que foi diligente na apresentação do vídeo, notificar por
telefone a Prefeitura, o Secretário de Obras, do qual sabemos o telefone; o
Diretor da Divisão de Conservação. Nós temos todos os meios para fazer os
contatos necessários para que as coisas ocorram.
Eu tenho mais tempo de Prefeitura, mais tempo de
Câmara do que V. Exª e cansei de telefonar, nos 16 anos, pedindo providências
para ruas terríveis, e as providências não aconteciam. Só que eu devo dizer a
V. Exª que, quando eu fazia a solicitação, eu fazia como quem já havia sido
Secretário de Obras, Diretor do DMAE, conhecia os problemas da Cidade, e não
via soluções por parte dos administradores dos 16 anos, que deixaram muitas
coisas ruins nesta Cidade, que nós esperamos, evidentemente, consertar, e
muitas foram consertadas.
Agora, não dá para confundir as obras da Copa do
Mundo com os reparos que precisam ser feitos nas nossas ruas e calçadas. Eu me
lembro de quando a Secretaria de Obras, na Administração de V. Exª - numa delas
-, mandou consertar as calçadas no Centro da Cidade, mas esqueceram de fazer
uma fiscalização, e o desnível entre o passeio e o meio-fio era alguma coisa
impressionante. E eu não reclamei na tribuna, aqui, mas reclamei para o
Secretário de Obras que aquele trabalho estava malfeito. E, naquele momento,
não teve estudante para fazer um vídeo tão bem feito quanto esse. Gostei do
vídeo; foi criativo, foi inteligente e disse que o Ver. Mauro também tem que
cuidar dos buracos da Cidade, tem que alertar a Secretaria de Obras, o DEP, o
DMAE, a EPTC - todos estão à disposição e atendem, Ver. Mauro, como os outros
Vereadores da sua Bancada, que lidera com tanta capacitação.
Dessa forma, Ver. Mauro, cumprimentos pelo
trabalho. V. Exª diz que os Vereadores precisam auxiliar aqueles moços. Não,
eles auxiliaram os Vereadores, avisando-os sobre suas obrigações. Espero que
todos nós passemos a cumprir as nossas obrigações, alertando o Executivo sobre
dificuldades encontradas nas nossas ruas. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; senhores e senhoras, Ver. Mauro Pinheiro, se estamos preparando um
campeonato de golfe, é porque antigamente Porto Alegre fazia uma competição de jet ski. Como não tem mais o campeonato
de jet ski, Ver. Idenir Cecchim, agora
vamos partir para o golfe, que o buraco é menor, porque antes o buraco era
maior. O buraco era tão grande, que transformava a região numa grande piscina,
num grande açude. Então, estamos evoluindo! Ver. Mauro Pinheiro, era um
buracão! Agora estamos falando de buraquinhos. Estamos evoluindo, Ver. Mauro
Pinheiro.
Na realidade, esse vídeo nada mais é do que ... São
três estudantes de Publicidade que estão se promovendo para o mercado de
trabalho. Isso é uma coisa lógica, são extremamente criativos, e o Ver. Mauro
Pinheiro fez o trabalho de agenciador. São três estudantes que conseguiram um
agenciador que vai colocá-los numa boa empresa. Claro, ou os três vão montar
uma empresa de publicidade assim que se formarem, Ver. Tarciso, ou estão
garantindo um bom emprego nos contatos que o Ver. Mauro Pinheiro conseguiu para
eles hoje à tarde, aqui na Câmara de Vereadores.
No mais, ficaria bonito agora, Ver. Mauro Pinheiro,
o senhor falar sobre o Reluz; o senhor falar dos bairros que não tinham
iluminação pública e que hoje têm; das vilas que tinham não tinham iluminação
pública e que hoje têm. Aí, sim, fica bonito e se torna uma crítica positiva,
como o seu Presidente do PT mesmo faz: o Ver. Adeli
Sell não se cansa de elogiar o trabalho do Secretário Cássio e da SMOV, por
quê? Porque, quando tem o problema, faz o contato, o Secretário vai lá e dá
ordem para que executem o serviço. É assim que funciona, e essa é a função da
Câmara de Vereadores.
Então, Ver. Mauro
Pinheiro, nós poderíamos detalhar tantas coisas como a questão da PROCEMPA, que
foi citada na semana passada - eu não estava aqui naquele momento, estava no
meu gabinete -, com total desconhecimento, pelo Ver. Todeschini, “com as pernas
bambas”. Que pernas bambas? Desde quando o Ver. Todeschini é Economista ou
Administrador de Empresas para falar em pernas bambas? É só fazer a leitura,
pegar o balanço da PROCEMPA para ver que não tem nada de pernas bambas.
(Manifestação
antirregimental.)
O SR. NILO SANTOS: Claro! Eu até
sugiro, Ver. Mauro Pinheiro e Verª Maria Celeste, que o Ver. Todeschini, ao
invés de ficar se metendo em área que ele desconhece - o Ver. Todeschini está
chegando; não é Economista e nem Administrador de Empresas, mas sabe tudo de
números... Eu sugiro, Ver. Mauro Pinheiro, já que dentro do seu Partido tem
alguém que entende muito de asfalto, que providenciem tapar esses buraquinhos
para a gente jogar golfe. Nós conhecemos gente que domina tudo de asfalto na
sua Bancada. Nós conhecemos! Nós sabemos quem conhece a fonte que produz
asfalto na Cidade. Então, Ver. Mauro Pinheiro, vamos com calma sobre esses
buracos que foram mostrados no vídeo, porque, com certeza, a Secretaria de
Obras estará tomando providências para poder tapar esses buracos.
Agradeço a
contribuição feita pelo senhor, e também, com certeza, esses três estudantes
agradecem o seu empenho em colocá-los bem em alguma agência de empregos.
Parabéns, Ver. Mauro Pinheiro, foi uma bela exibição, mas quem tem o segredo do
asfalto pode resolver o problema do senhor e está bem pertinho do senhor. Um
grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu não quero aqui medir os buracos que o Mauro Pinheiro citou,
nem os açudes tão bem citados pelo Ver. Nilo Santos, mas eu queria falar de um
outro buraco muito mais terrível, que é a cratera da moral que o Governo
Federal está abrindo ao povo brasileiro. A Ministra da Cultura, que está
recebendo pagamento para o irmão dela fazer campanha presidencial, está
cobrando diária, em fim de semana, no Rio de Janeiro. Isso, sim, Ver. Mauro
Pinheiro, se esses três estudantes pegarem e fizerem um rally da sacanagem desse Governo Federal, eles vão ganhar o Prêmio
Nobel.
Com relação ao
assunto dos buracos, o Governador do Ceará chamou o Ministro de ladrão. Eu não
sei por que fazem isso. O palavreado desse Governador é meio ruim, não é, Ver.
Nilo Santos? Ele chamou o Ministro dos Transportes de corja de ladrão.
A questão do DNIT,
aquilo que todos nós imaginávamos! E não é do ano passado, como se diz, não! No
ano passado era esse Governo que está aí e que tem oito anos e meio. E um
Governador do Partido do Ver. Ferronato chamou o outro Ministro de ladrão. É
fogo amigo! É fogo amigo! Começou o fogo amigo! Sobre isto, sim, que o Ver.
Mauro Pinheiro tem que vir aqui falar, sobre essas rachaduras da moral. No
Governo Federal, as coisas estão muito ruins, e eu tenho pena da Presidente
Dilma e do Michel Temer, nosso Vice, porque realmente eles pegaram essa
“burraqueira”, com burrice junto, porque nem roubar sabem. Fazem pelo Diário
Oficial, registram e depois devolvem também, assumindo que fizeram errado. Isso
é a casa da mãe joana. Existia a Casa da Dinda antes, e agora tem a casa da mãe
joana no Planalto.
Ver. Luiz Braz, é uma
tristeza! O candidato a Presidente no qual votei, o José Serra, está em Porto
Alegre hoje e contribuiu muito. E eu saúdo a Presidente Dilma, que copia muitos
dos itens do programa no qual eu votei. Eu votei no José Serra; perdi, mas
votei nele. Por isso não aceito cargo nenhum do Governo atual, porque não
ajudei a elegê-lo. Se me oferecerem, mando dar para a Bancada do PT, que
trabalhou e merece, mas desde que seja honesto. Talvez por isso ninguém da
Bancada do PMDB, aqui na Câmara, que é muito honesta, foi chamado, nem para o
Governo Estadual, nem para o Governo Federal, porque parece que a condição de
ser sério não é muito bem-vinda. Agora, lamentável é fechar uma empresa em
Parobé que proporcionava 800 empregos - e o Governador do Estado não sabia;
ficou sabendo lendo o jornal! Aí, diz que vai tomar providências para arrumar o
setor calçadista! Mas não é possível!
Quando a Ford foi
embora daqui, Ver. Brasinha, eles não disseram que era culpa do Antônio Carlos
Magalhães e do Fernando Henrique Cardoso, porque havia incentivo fiscal para o
Nordeste? Vocês sabem para onde vai essa linha que foi desativada em Parobé?
Para o Nordeste. Quem é o Presidente? Quem era o Presidente nos últimos oito
anos? E agora, quem é o culpado? E o Governador Tarso Genro ficou sabendo pelo
jornal, e agora vai tomar providências para colocar as pessoas em outras
fábricas. Elas já estão colocadas. Elas nem ficaram sabendo que o Tarso pediu
alguma coisa. As empresas já pegaram essas pessoas porque são trabalhadores
competentes. O que tem que ser feito, e já está na hora, é parar de fazer
pirotecnia e realmente ver por que essas empresas estão fechando. E se levaram
os incentivos, que devolvam os incentivos.
Eu sou a favor de
todo incentivo para atração de empregos, mas, quando faz o que fez essa linha
da Azaleia, que não é mais gaúcha, não... Gaúcho era o Presidente que morreu,
Nestor de Paula. Esse era um empresário gaúcho que, nessa fábrica, deu uma
demonstração de que empresário cuida da saúde e cuida da educação dos seus
funcionários, dos seus filhos. Isso ele fez. Agora ele morreu. A empresa foi
vendida, e o que aconteceu foi isso.
Então, com isto, sim,
com essas rachaduras, e não com esse campo de golfe na ruas, Ver. Mauro
Pinheiro, é que temos que nos preocupar...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver.
DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras; nossos
telespectadores e ouvintes; senhoras e senhores, eu me lembro, em 2001 - e o Ver. Cecchim vibrava pela Cidade toda -, quando um
ilustre porto-alegrense andava de caíque ali na Av. Goethe. Eu me lembro.
Esqueceram, e agora dizem que foram eles que fizeram a obra, mas eles apenas
executaram a obra. Quem conquistou os recursos? Fui eu. Quem tratou com a comunidade?
Fui eu. Quem elaborou o Projeto? Eu. Nós, como servidores do DEP e com o
Governo Municipal. Quem assinou o contrato? Quem concluiu a execução? Não vou
dizer mais “eu”, até porque estou na minha presença. Nós, nós. Lá naquela
época, nós deixamos de bandeja para a Administração atual se vangloriar da
única grande obra que fizeram. Sabe o que aconteceu, Ver. Mauro Pinheiro?
Estamparam em todos os jornais de Porto Alegre como exemplo de grande obra de
Porto Alegre a eliminação da rótula na Av. Nilópolis com a Nilo Peçanha. É ou
não é verdade? Anunciaram por dez dias, todos os dias, nos grandes jornais de
Porto Alegre, a grande obra. Terminaram com uma rótula e colocaram a sinaleira.
Nós deixamos para a Administração atual, e eu deixei concluída a licitação da
Av. Goethe. Foi só executar.
Por outro lado, eu
concordo com o Ver. Cecchim. Agora eu concordo. Está na hora de o Rio Grande do
Sul, Estado, parar de encher de benesses grandes e milionárias empresas e
empresários que embolsam dinheiro! Tem empresa gaúcha, milionária, que recebeu
mais de 20 bilhões de reais. Quanto recebeu essa que fugiu ontem? Sabem? O Brasil só
vai para frente quando ajudar a microempresa - a microempresa -, os pequenos!
Meus ilustres companheiros Vereadores, são bilhões
jogados fora, bilhões jogados fora do dinheiro do povo gaúcho! Os pequenos
empresários vão à Receita Federal pedir financiamentos, pedir parcelamento de
débitos de cinco, seis, dois, um mil reais. É proibido! E a culpa é do Governo
Federal também, do meu Governo também! Não se financia, Ver. Tarciso, dez,
três, quatro mil reais para uma pequeníssima empresa, não se viabiliza parcelar
imposto de dez, dois, cinco, e, ao mesmo tempo, se joga na lata do lixo bilhões
para a empresa que fez o que fez ontem. Queremos atenção para o nosso povo. Foi
o povo gaúcho que deu dinheiro para eles, não foi governo de Partido nenhum.
Foi o povo gaúcho que contribuiu para eles saírem daqui, fecharem as suas
portas e buscarem mais bilhões noutras paragens.
Está errado o modelo tributário nacional da União,
do Estado e do Município. Isso nós precisamos modificar, parar de dar para o
grande e incentivar o pequeno. Um abraço a todos e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, e eu que pensava que conhecia um
pouco da história de Porto Alegre! Não conheço nada, porque tudo se situa antes
e depois do Airto João. Tudo! O Airton João foi quem resolveu tudo! O João aqui
não fez nada, mas o Airto João fez tudo!
Eu pensei que conhecia a história de Porto Alegre.
Eu pensei que conhecia a história de Telmo Thompson Flores, extraordinário
Prefeito, faz um trio com Villela e Loureiro da Silva, mas tinha o Airto João, e eu esqueci. Eu quero dizer para Airto João Ferronato, que foi Diretor
do DEP e que assinou um contrato do Conduto Álvaro Chaves de forma dúbia, nos
últimos dias do ano, que, antes de ele pensar em ser diretor do DEP, antes de
existir o DEP, teve uma figura que se chamou Telmo
Thompson Flores. Esse
homem criou o DEP! E, ao criar o DEP, ele estabeleceu um plano de esgotos
pluviais para a Cidade, porque eu devo dizer que o DMAE, quando eu fui diretor
pela primeira vez, em 1968, é que fazia o esgoto pluvial, o cloacal e o
pluvial. Então, o Telmo Thompson Flores, brilhante engenheiro, sanitarista
emérito, fez o DEP e, juntamente, um plano de esgotos para a Cidade. Não tinha
o Airto João ainda, e o Airto João foi ali e disse “eu fiz, eu aconteci, eu
assinei”. Não foi ele que assinou, foi o Prefeito João Verle, e foi nos últimos
dias e de uma forma muito estranha! Foi nos últimos dias do ano, depois do dia
26! Foi de uma forma estranha. Isso é que deveria ser explicado! Agora, vem o
Fogaça, que fez obras nesta Cidade. Está o Fortunati aí para fazer obras nesta
Cidade, e vai continuar fazendo obras! Então, nós não podemos esquecer de que
não aconteceu tudo antes e depois do Airto João Ferronato, que é uma pessoa de
quem eu gosto, e ele sabe que eu o respeito e o admiro, mas ele deveria ficar
nos assuntos tributários, porque desses ele entende um pouco mais. Agora, da
Cidade, ele pensa que entende, mas ele não entende! Tem que respeitar o passado
e conhecer a história da Cidade. Aí, então, ele pode ir à tribuna e dizer “eu
fiz, eu aconteci, eu desfiz”, mas, lamentavelmente, foi triste o pronunciamento
do meu querido amigo Airto João Ferronato, porque ele se esquece de uma pessoa extraordinária,
que foi quem colocou o DEP no caminho da vida dele. Ele foi lá para o DEP e
resolveu algumas coisas? Resolveu! Todos os diretores do DEP resolveram, mas
alguns criaram algumas dificuldades na solução dos problemas, mas todos eles
fizeram obras, e eu não posso contraditar isso e não vou! Então, o Airto João
Ferronato, Diretor do DEP, foi um bom diretor. Eu até acho que ele me atendeu
alguma vez! Mas não é que tudo aconteça antes ou depois dele. Antes dele, a
Cidade existia; antes do PT, a Cidade existia; antes do PT, a Cidade tinha
história, tinha Prefeitos extraordinários. Agora, vem o Airto João, e parece
que o DEP começou quando ele chegou lá. Não! O DEP começou com o Telmo Thompson
Flores, com o Engº Alfredo Cestari, que ajudou a elaborar o projeto que criou o
DEP. Portanto, o Airto João faz parte do trabalho do Telmo Thompson Flores; ele
não é o Telmo Thompson Flores. Se ele fosse parecido com o Telmo Thompson
Flores, ele seria, realmente, um grande Airto João Ferronato! E apenas ele é o
Vereador, o meu amigo Airto João Ferronato. Para ele e para todos, Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ADELI SELL: Por mais eloquentes
que sejam os debates aqui, na Câmara Municipal, as suas conclusões têm que ser
práticas e têm que ajudar o povo de Porto Alegre. Indiscutivelmente, os buracos
nas ruas que servem para jogar golfe não ajudam o povo de Porto Alegre. Além de
tudo, fazem uma concorrência desleal ao centenário Country Club de Porto
Alegre. Quero dizer mais: toda crítica que nos fazem, quando tem uma base
concreta, como foi a cobrança acerca de diárias da Ministra, terá o apoio de
sete Vereadores do PT, que não virão defender o indefensável. Nós não queremos
que os gestores públicos usem dinheiro público indevidamente. Nós levantamos
críticas sobre a babilônia de dinheiro que gastam em viagens da Prefeitura, e
todos aqui se lembram do Luiz Afonso “Viajando” Senna, mas ele tem outros
parceiros que fazem o mesmo tipo de viagem inútil, não trazem um centavo de
grana para Porto Alegre. Tem gente que vai a Brasília pedir dinheiro para a
Prefeitura sem projetos; aí ficam se queixando da burocracia de Brasília. A
burocracia de Brasília também tem que existir para cobrar projetos viáveis.
Nós, que somos da oposição, temos colaborado enormemente com o progresso da
Cidade. Na Vila Tronco, na Cruzeiro, articulamos reuniões comunitárias, em que
o Prefeito disse que nenhum funcionário da Prefeitura consegue reunir 10% das
pessoas que o meu Gabinete e o de outros Parlamentares têm reunido lá. Então,
nós estamos jogando, não jogando apenas para que o Máster de Atletismo dê certo
em Porto Alegre, que a Copa das Confederações aconteça em Porto Alegre, que a
Copa do Mundo aconteça em Porto Alegre; nós olhamos além da Copa, porque quem
olha além da Copa olha para o povo sofrido da periferia, onde não tem mais
capeamento asfáltico, onde esqueceram do esgoto a céu aberto, onde não tem
fiscalização das empresas terceirizadas do DEP e do DMAE - não tem! Vão lá no
Parcão ver o serviço porco, sujo, imundo feito por uma empresa terceirizada que
deixou, na frente de um restaurante, um monte de entulho e um buraco, impedindo
a entrada. Podem ir também, por exemplo, ao Moinhos de Vento, onde tem uma
outra rua que ontem eu apresentei para o DEP. O DEP mandou a empresa
terceirizada refazer, e essa fez uma porcaria igual a que havia feito antes.
Então, quando se faz o debate aqui, é para mostrar onde estão os problemas.
Vereador Dib, se não fosse o José Montaury, se não fosse o Alberto Bins, se não
fossem tantos Prefeitos, a nossa Cidade não seria o que é hoje. Nós
reconhecemos as grandes ideias que nenhum dos senhores que têm vinculação
ideológica, por exemplo, com Protásio Alves vem aqui defender, mas eu tenho a
coragem de defender as coisas certas que ele apontou quando foi gestor em Porto
Alegre e, principalmente, quando foi gestor no Rio Grande do Sul. Não há nenhum
problema em reconhecer - muito pelo contrário - uma das figuras ímpares da
política do Rio Grande do Sul; não temos e não teremos identificação
ideológica. No entanto, nós reconhecemos os seus feitos.
Por isso, quando nós
dissemos aqui que os ônibus vivem atrasados e lotados, que sistematicamente o T7
está lotado e atrasado; quando eu digo que há problema de limpeza no Mercado
Público é porque tem problema de limpeza no Mercado Público, por causa de uma
empresa terceirizada picareta, como o Cecchim sabe que existe, que já nos
massacrou na Administração. Mas tem que ir lá e multar! E eu me queixo quando,
por exemplo, o DMLU diz que multou uma das empresas. Já deveria ter rompido o
contrato! Assim, a gente começa a se acertar aqui pelo bem do Rio Grande.
Para concluir, Luiz
Braz, o Governador Tarso Genro convidou o Serra e os Deputados tucanos para uma
conversa. Assim é que se faz democracia. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
senhoras e senhores, com toda a certeza, nós vamos continuar sendo uma Câmara
de Vereadores reduzida, pequena, enquanto quisermos desfilar aqui, na tribuna,
apenas vaidades: “eu fiz aquilo, eu fiz aquele outro, eu não sei o que fiz.”
Ora, nós sabemos muito bem que vivemos num sistema político em que as pessoas,
individualmente, não fazem absolutamente nada. Nós temos que aprender que só
vamos fazer alguma coisa se pudermos discutir os assuntos e agir como um grupo
político que busque apenas os interesses dos cidadãos desta Cidade. Se
quisermos apenas satisfazer as nossas vaidades, meu Deus do céu, isso vai ficar
muito difícil!
Esse negócio, por
exemplo, do asfalto: eu me lembro de que ali, na Av. Oscar Pereira - eu moro
naquela região -, havia valos imensos. Então, foi preciso fazer uma retirada do
asfalto que existia antigamente, porque era um asfalto de péssima qualidade,
para colocar um asfalto que pudesse realmente aguentar todo o tráfego da Oscar
Pereira; assim também outras avenidas receberam o mesmo tratamento.
Mas, afinal de
contas, nem a Administração passada, Ver. Adeli, merece críticas por causa
daquilo que aconteceu, e nem a Administração atual merece aplausos,
individualmente, pelo ocorrido. O que temos que fazer é discutir o presente e o
futuro desta Cidade. Se não fizermos isso, nós vamos apenas perder tempo aqui,
na tribuna, falando exatamente de vaidades ou satisfazendo vaidades, o que não
nos leva a absolutamente nada.
Ver. Adeli Sell, eu
estive no almoço da Federasul, e lá estava o Serra, que foi candidato à
Presidência da República pelo meu Partido. O Serra realmente saiu de lá às
13h55min para se dirigir a um encontro com o Governador Tarso Genro, juntamente
com a Bancada do PSDB. Acho que assim, Ver. Adeli, se faz política, não
simplesmente fazendo com que, no debate, existam excluídos, existam pessoas que
não participem. Eu acho que nós temos que propor ideias, e todos nós temos que
discutir essas ideias até encontrarmos realmente o ponto ideal para chegarmos a
satisfazer os interesses da sociedade no geral.
O Presidente Serra,
ou o candidato Serra, trouxe uma proposta que, se for levada adiante, vai mexer
com a vida de cada um dos Vereadores desta Cidade e do conjunto da sociedade no
geral. Ele propõe o voto distrital já para as próximas eleições, para as
eleições do ano que vem. Ele quer o seguinte: que as grandes cidades - caso,
por exemplo, daqui de Porto Alegre - sejam divididas em distritos. Porto Alegre
seria dividida, mais ou menos, em 30 distritos, Verª Maria Celeste, e cada
grupo de Vereadores iria disputar votos dentro desses distritos. Acho que seria
uma eleição bem melhor do que aquela que fazemos atualmente. E ele deu
exemplos lá, os quais trago aqui, Ver. João Dib, de um Vereador, por exemplo,
que busca votos lá na Glória, mas que tem atuação lá na região da Verª Maria
Celeste; ele dificilmente vai atuar naquela região lá da Glória, mas ele busca
votos lá; ele nunca mais vai ver aquela população, a não ser na época da eleição.
Então, é muito justo, Ver. Cecchim, que o Vereador possa trabalhar dentro do
seu distrito, da sua área de ação, se comprometendo com os eleitores daquela
área de atuação. Acho que, se nós conseguíssemos fazer alguma coisa assim, Ver.
Todeschini, nós estaríamos muito bem, mas é claro que esta discussão de voto
distrital, de parlamentarismo, de financiamento público de campanha, é uma
discussão que eu acredito que não vai se encerrar até outubro. E, se não se
encerrar até outubro, então não vai ter validade para as eleições que vamos
disputar no ano que vem.
Em todo caso, acho que nós temos de ficar atentos a
todas essas propostas, porque, afinal de contas, a qualquer momento, os loucos
lá de Brasília podem aprovar alguma coisa contra, inclusive os próprios...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Sim, Ver. Reginaldo Pujol?
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu teria oportunidade de usar o tempo de Liderança
agora, mas não o farei, pois quero que se inicie logo a Ordem do Dia; nós
precisamos votar vários Projetos. E para este tema que eu abordarei não é
devido o momento, porque não acredito nesta Reforma Política que está aí, que é
uma mera Reforma Eleitoral, porque, no fim, vão usar os Vereadores de cobaia. É
o que vai acontecer.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o registro, Ver. Pujol. Agradeço a V. Exª
abrir mão do tempo de Liderança do seu Partido, neste momento, porque,
realmente, temos muitos projetos para votar hoje, na Ordem do Dia. Agradeço a
sua colaboração.
Quero comunicar também que o Ver. Luiz Braz tinha
cinco minutos para pronunciamento de representação da Casa, dos quais ele abre
mão para que possamos entrar, de imediato, na Ordem do Dia.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cássia – às 15h17min): Havendo quórum, passamos à
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, os Vereadores da Bancada do PSOL
solicitaram que alguns de nós, Vereadores - no que se refere ao Projeto, do
qual vai ser renovada a votação -, aguardássemos por alguns momentos, porque
eles estão fazendo um atendimento aqui fora do Plenário, e nós poderíamos votar
o segundo, depois o terceiro, e, quando eles chegarem, nós votaríamos o Projeto
que está em primeiro lugar. Se o Plenário concordar, acho que seria bom.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Não consegui entender o final, por gentileza.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Solicito que aguardemos a chegada da Bancada do PSOL para votar o
primeiro Projeto. Isso foi solicitado a alguns Vereadores; e eu estou solicitando
à Mesa que proponha ao Plenário que se vote somente quando eles estiverem
presentes, os Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu vou consultar os Líderes. Ouço o Ver. Reginaldo
Pujol.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, vou me antecipar à consulta. Nos
termos em que é colocado, é um pouco difícil concordar. Não se sabe quando
estará presente a representação do PSOL. E eu estou segurando vários Vereadores
aqui para votar matérias nas quais eu tenho interesse e que a Cidade tem
interesse; e alguns deles têm de sair, pois têm compromissos. Eu, pessoalmente,
divirjo dessa proposta, pois não saberíamos quando viria o PSOL.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o registro.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Desisto.
O SR. PRESIDENTE
(DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib retira seu Requerimento.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Eu gostaria de apresentar um Requerimento de
inversão da ordem de votação dos Projetos
constantes da Ordem do Dia, uma vez que foi aprovado o Requerimento de
renovação de votação do Projeto, regimentalmente, ainda que, no dia de votação
do Requerimento, eu e o Ver. Pedro Ruas estivéssemos numa missão oficial da
Câmara, recebendo uma representação dos moradores da Vila Chocolatão, e não
houve o cuidado de nos consultarem para essa votação. Eu só queria pedir que se
vote hoje, mas que se inverta a ordem, como várias vezes já fizemos por
solicitação dos autores dos Projetos, para que a gente possa fazer um bom debate. Só
estou solicitando a inversão da ordem.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Vou colocar em votação o Requerimento de inversão
da ordem de votação, de autoria da Verª Fernanda. Vou colocar à apreciação do Plenário.
O SR.
REGINALDO PUJOL: O Requerimento é para que o Projeto que está em primeiro
lugar passe para último. É isso?
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Essa que é...
O SR.
REGINALDO PUJOL: Se alguém não concordar vai dizer “Não”, e quem
concordar vai dizer “Sim”. O.k.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Verª Fernanda...
O SR. MAURO
PINHEIRO: Ver. DJ, acho que a Vereadora, na verdade, quer só inverter a votação;
que esse Projeto fique para o final e que dê a possibilidade para que o Ver.
Pedro Ruas esteja presente no plenário. É só isso, ela se expressou mal, falou
em Pauta; mas é inversão só da ordem de votação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Tudo bem!
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Por que inverter? Bota em votação se a gente concorda ou não.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu vou colocar em votação.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Eu quero, antecipadamente, dizer que...
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
exatamente, não há um consenso, e, quando não há um consenso, eu coloco à
decisão das senhoras e dos senhores em plenário. Vou colocar em votação.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de
Souza, o Requerimento de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que solicita que
o PLL nº 164/09 seja votado no final da Ordem do Dia. (Pausa.)
O SR. MAURO
ZACHER: Presidente, eu entendo os motivos, a Vereadora está no seu direito. No
entanto, nós temos uma reunião que define isso. Então, imagino que a gente
possa manter aquilo que já está acordado. O argumento, Presidente, de que só o
consenso... Não, o consenso já existiu lá na Mesa de Lideranças. Então, não há necessidade
mais de...
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Ver. Mauro, eu entendo, mas o Plenário é soberano
para decidir - é soberano! A Mesa propõe; agora, o Plenário é soberano para
mudar ou não mudar. Entendeu?
A Verª Maria Celeste está com a palavra.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, só para lembrar algo que é uma prática nesta Casa. Eu
queria aqui fazer um apelo aos nobres Vereadores para que todas as votações - e
isso já ocorreu várias vezes, historicamente nós temos tido essa prática -
sejam procedidas com a presença dos autores do Projeto. A Verª Fernanda
Melchionna está fazendo um apelo, e eu estou referendando, no sentido de que
possamos iniciar a votação pelos próximos Projetos, até a chegada do Ver.
Pedro, e depois incluir este Projeto na ordem, sem problema algum. Então, eu
gostaria de lembrar dessa boa prática que nós temos na Casa e fazer um apelo
aos nobres colegas para que a gente acolha o Requerimento da Verª Fernanda
Melchionna.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu entendo, Vereadora, mas não há um consenso entre
os Líderes.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Presidente, eu queria deixar uma pergunta: por que se faz reunião da
Mesa com os Líderes para decidir sobre a Ordem do Dia, monta-se uma ordem, se,
chegando aqui, por ausência deste ou daquele, não dá para fazer o trabalho? Por
que as reuniões de Mesa e Liderança? Eu gostaria de saber.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu faço a mesma pergunta aos meus colegas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, este Projeto está em primeiro lugar não
por acordo de Liderança, está por ordem regimental. O primeiro tem que ser de
acordo com o Regimento; tirá-lo do primeiro lugar é uma excepcionalidade.
Então, V. Exª tem que abrir o painel.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de
Souza, o Requerimento de autoria da Verª Fernanda Melchionna. (Pausa.)
(Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): (Após a apuração nominal.) Onze votos SIM e 14 votos NÃO. Está REJEITADO o Requerimento.
RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3628/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 164/09, de autoria dos Vereadores Emerson Dutra e Pedro
Ruas, que obriga as concessionárias do transporte coletivo do Município de
Porto Alegre a proverem, nos locais de ponto final de itinerário, condições de
abrigo para fins de permanência de seus trabalhadores e dá outras providências.
Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luciano Marcantônio: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela rejeição do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela rejeição do Projeto
(empatado).
Observações:
- renovação de votação nos termos do art.
196 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 11-05-11.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PLL nº 164/09. (Pausa.) O Ver.
Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 164/09.
O SR. PEDRO RUAS: Querida e prezada Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras,
Vereadores, nós tratamos aqui de um tema que, na verdade, passa por uma
discussão de forma e uma de mérito. Quanto à questão da forma, nós poderíamos
ter o adiamento. Eu não me conformo com a ideia de que não tivemos o adiamento.
Olha, Ver. João Dib - e agradeço o voto favorável, como sempre -, este Vereador
e a Verª Fernanda Melchionna, portanto a Bancada do PSOL, votou favoravelmente,
até hoje, a todos os pedidos de Projeto de Vereador em adiamento. Todos, 100%!
Não deu para entender, o que eu considero uma descortesia, Verª Fernanda
Melchionna, por que não houve o deferimento do adiamento. É uma questão a ser
examinada. Eu quero só fazer esse nosso registro de inconformidade.
Quanto ao mérito,
este Projeto foi aprovado na Casa, e foi aprovado porque foi debatido e
discutido. O que examinamos aqui, Vereadores e Vereadoras? Uma reivindicação
histórica dos rodoviários. O suplente de Vereador, Emerson Dutra, é rodoviário,
foi cobrador e é motorista de ônibus, fez um Projeto que a sua categoria pede
há anos. E havia um problema no Projeto: quando ele estabeleceu a criação de banheiros,
sanitários nos terminais, significava que isso poderia ocorrer em alguma praça,
algum parque, e aí haveria problemas, Ver. Mauro Pinheiro, de caráter
ambiental. Mas S. Exª, o Ver. Beto Moesch, alertado também pelo Ver. Professor
Garcia, fez uma Emenda - a Emenda Beto Moesch - excluindo da abrangência do
Projeto os terminais onde houvesse parques e praças. Portanto a grande objeção,
e única, foi superada. E o Projeto, Dr. Raul, nessas condições, foi aprovado.
Aí nós temos um pedido do Ver. Sebastião Melo e do
Ver. Reginaldo Pujol, inconformados com aquela aprovação, e dentro do Regimento
- a diferença era de dois votos, se não me engano -, solicitando a renovação.
Eu entendo que, como foi exaustivo o debate, como as posições foram muito
claras, não há por que qualquer um dos 13 Vereadores que votou a favor do
Projeto mudar o seu voto. Pelo contrário, acho que outros Vereadores ainda
votariam no Projeto, na medida em que ele somente, Ver. Oliboni, coloca na
prática uma reivindicação justa dos trabalhadores. Quem não viu, até hoje, Verª
Fernanda Melchionna - quem não viu? -, um motorista de lotação ou de ônibus, ou
um cobrador, com uma marmita ali, no banco do motorista, comendo; dormindo,
Ver. Oliboni, lá atrás do ônibus. Cansei de ver, Ver. Carlos Todeschini! A vida
inteira estive vendo isso.
Eles só querem isto: um lugar, um sanitário. Olha,
fazem suas necessidades fisiológicas atrás de árvores! Essa é a dignidade que
se quer para o trabalhador em Porto Alegre, na Cidade que quer sediar parte da
Copa do Mundo? É assim que trabalham esses homens e mulheres; homens e mulheres
que passam pelas mesmas necessidades. Qual é o problema? As empresas não podem
suportar esse ônus?
Nós queremos reiterar a necessidade de aprovação do
Projeto, lembrando que, há pouco tempo, votamos - inclusive o PSOL votou - o
Projeto do Ver. Haroldo de Souza, criando os banheiros químicos para os taxistas,
e ninguém levantou qualquer objeção, nem objeção quanto
a praças e parques. Portanto, parece-me que a categoria dos rodoviários merece
essa aprovação, necessita, e Porto Alegre também tem que dar esse exemplo.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra.
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Eu requeiro à Mesa Diretora - já havia falado com o Ver. DJ Cassiá
anteriormente, quando V. Exa estava nos representando - que alguém
da Mesa Diretora receba um grupo de moradores do bairro Passo das Pedras que há
muito tempo enfrentam um grave problema. Hoje estão com uma ação de despejo; há
uns seis meses, passaram pela CUTHAB; o pessoal está muito nervoso com essa
situação. Então, que nós pudéssemos ouvir uma comissão que visita esta Casa,
sem atrapalhar o andamento dos trabalhos aqui.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza,
Ver. Adeli Sell, a comissão de moradores do Passo das Pedras é muito bem-vinda.
Sabemos que estão lutando pelo direito à moradia, e esta Casa tem obrigação de
mediar. Quero que o Ver. DJ Cassiá e o Ver. Toni Proença cheguem aqui, para ver
quem vai fazer esse acompanhamento.
O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 164/09.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, Ver. Pedro Ruas, é muito confortável a sua condição, até
porque a grande maioria das pessoas que nos assistem não conhece os trâmites
regimentais legislativos. V. Exª vem aqui e faz uma defesa dos méritos do
Projeto e se esquece de defender o encaminhamento de alterar, de inverter que
V. Exª fez, que a sua Bancada fez e a Verª Fernanda Melchionna fez. V. Exª
aproveita e nos coloca em uma situação desconfortável quando faz o apelo. É
verdade, muitos dos nossos profissionais e a população têm carência de
banheiro, enfim. Agora, não podemos nos aproveitar, e eu tenho certeza absoluta
de que um grande número de pessoas que nos assistem desconhece o funcionamento
dos trâmites do nosso Regimento, e V. Exª não faz o encaminhamento defendendo o
porquê da alteração ou da proposição de se inverterem os trabalhos; V. Exª foca
o mérito do Projeto, V. Exª distorce. Distorce, sim, porque V. Exª deveria ter
vindo aqui e justificar por que estava pedindo a inversão, e não falar dos
méritos do Projeto.
Encaminho pela
Bancada do PMDB. Eu, este Vereador, deixa de votar no Projeto exatamente por
isto, porque nós não podemos permitir que um colega jogue aos Vereadores, de
forma equivocada, perante a população.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PEDRO RUAS: Eu acho que o Ver.
Bernardino Vendruscolo não viu e não ouviu o que aconteceu na Casa. Eu estava
encaminhando o Projeto, e não o Requerimento! O Requerimento foi antes,
Vereador - foi antes! Agora eu estava falando do Projeto. Nós perdemos o
Requerimento, Vereador. Perdemos, V. Exª não sabe. Nós perdemos, e agora eu
estava encaminhando o Projeto, o mérito, é isso que eu estava encaminhando.
Como é que eu vou confundir uma coisa com a outra? O que é isso, Vereador?
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, de
qualquer sorte, eu acho que o Vereador foi muito infeliz quando fez o apelo da
forma como fez.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão
registradas as opiniões.
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 164/09.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, Srs. Vereadores; público que nos assiste, eu encaminho o Projeto
pela Bancada do PSOL, apesar de, inclusive, o direito à palavra ser contestado
pela Casa, porque, de fato, não consigo entender como um Projeto tão modesto,
Ver. Todeschini, tão modesto, vai ter renovada a votação, sendo que já havia
sido aprovado. O pedido de renovação de votação é um direito regimental; de
fato, está no Regimento da Casa, mas não consigo entender a lógica de tolher
dos motoristas e dos cobradores de ônibus da nossa Capital o pequeno,
fisiológico direito de ter um sanitário. Nós, no Brasil, após muita luta, Ver.
Pedro Ruas - e V. Exª certamente sabe muito melhor do que esta Vereadora, pela
sua trajetória em defesa dos direitos dos trabalhadores -, conquistamos o fato
de que, por exemplo, até as obras terceirizadas tenham, no seu canteiro de
obras, um banheiro químico para os trabalhadores e os operários fazerem as suas
necessidades. Nós lutamos pela fiscalização dessa Lei.
Nós temos, prezado
Rogério, uma conquista, de que falávamos agora, antes de vir a esta tribuna,
dos garis da nossa Cidade - aliás, eles precisam conquistar uma série de
direitos ainda, em função da burla dos seus direitos trabalhistas que muitas
cooperativas fazem -, ou seja, o direito também aos banheiros químicos em
vários lugares de circulação dos garis, como já está acontecendo na nossa
Cidade.
Entretanto, parece
que, na Câmara, discutir qualquer coisa relativa ao transporte coletivo é um
tabu. Parece, Verª Sofia, que é impossível usar cartão de crédito e cobrar dos
empresários uma maquininha a mais para que a população possa cobrar o seu Tri,
o Prefeito veta, não pode! Discutir 21 anos sem licitação e revogação do
aumento da passagem parece que é ilegal, é combatido e questionado por esta
Casa e pelo Prefeito Municipal, José Fortunati, que nem sequer recebeu os
Vereadores quando do aumento da passagem, para ouvir a voz das entidades que
vieram aclamar aqui nesta Câmara.
Parece que,
lamentavelmente, estamos vendo a repetição desse tabu - uso esse termo para não
dizer termos piores - no que concerne ao direito de os trabalhadores e
trabalhadoras de, nos seus cinco minutos de folga, poderem fazer as suas
necessidades fisiológicas com segurança e com tranquilidade. Afinal, quem aqui,
desta Câmara e daqueles que nos assistem pela TVCâmara, não sabe que o
transporte coletivo em Porto Alegre está um caos, que os ônibus demoram 30, 40
minutos, e a população fica na parada esperando? Quem aqui não sabe que, apesar
de a tarifa ser abusiva, os salários do cobrador e do motorista são muito
baixos? E quem aqui não sabe que, quando atrasa o ônibus, porque a empresa bota
pouca frota para ganhar mais acima da passagem de R$ 2,70, sobra para o
motorista, que tem que correr? Eu já falei com dezenas que abriram mão do seu
intervalo de cinco minutos - cinco minutos! - para poder garantir que a
população pegue o seu ônibus, mesmo que atrasado, porque o motorista e o
cobrador desenvolvem vínculos muito fortes com as comunidades e correm, correm
para suprir necessidades que, na verdade, são por causa de uma frota reduzida,
de um transporte sem licitação, de altíssimas tarifas e de precária qualidade.
Então, eu tenho
certeza de que o debate é em relação à questão de não conceder aos
trabalhadores e motoristas um direito fisiológico, o de fazer suas
necessidades, pela inconformidade ou pela contrariedade dos empresários do
transporte coletivo. Pergunto: serão eles que governam Porto Alegre?
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação
nominal a Emenda nº 01 ao PLL nº 164/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM e 11 votos NÃO.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, o PLL nº 164/09. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADO por 08
votos SIM e 12 votos NÃO.
Com relação ao
Requerimento nº 008/11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, foi
solicitado pelo autor que fosse retirado da Ordem do Dia e que não retornasse.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4370/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 016/10, que revoga o § 7º do art. 6º da Lei
Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, que institui e disciplina o
Imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e
de direitos reais a eles relativos. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,
§ 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 02-05-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCE
nº 016/10. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
discutir o PLCE nº 016/10.
Convido o Ver. DJ Cassiá a conduzir os trabalhos, e
peço permissão a V. Exas, pois vou receber a Comissão dos Moradores
do Passo das Pedras, que está me aguardando. E não era uma manobra para o
Projeto anterior; era apenas porque, no Projeto anterior, os ânimos estavam
muito exaltados.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, eu quero apenas cumprimentá-la - claro que foi uma
belíssima manobra, só que não deu resultado. A senhora tira o nosso voto, do
Ver. DJ Cassiá, para assumir o seu lugar. O Ver. DJ Cassiá se recusa, e o Ver.
Toni Proença vai para assumir, e a senhora diz que não há necessidade. Uma bela
manobra. Isso é reconhecido, é uma maravilha; isso, dentro da política, é bom demais,
e isso provoca o exercício da democracia.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo Santos, o senhor que fique com a sua
compreensão, já que não quer aceitar a minha.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
pra discutir o PLCE nº 016/10.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Prezada Presidente, Verª Sofia Cavedon; primeiro,
eu quero dizer, Ver. João Antonio Dib, que faz bem o Executivo quando encaminha
esse Projeto propondo alteração na Lei Complementar nº 197, de 1989, revogando
o § 7º do art. 6°. Na verdade, esse parágrafo está contrariando o art. 37 do
Código Tributário Nacional e o art. 156 da Constituição Federal, se não me
falha a memória. Dessa forma, então, queremos dizer, Ver. João Antonio Dib, que
está correta a proposta, porque a Lei Municipal estava contrariando o art. 37
do Código Tributário Nacional e o art. 156 da Constituição.
Agora, quanto à Emenda - e vem muito bem essa
Emenda -, eu preciso fazer o exercício aqui para ser o mais didático possível.
Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª também conhece essa matéria, e o Ver. Luiz Braz
também já se debruçou sobre esse assunto. O que ocorre hoje? Hoje, os
compradores encaminham o pedido de fornecimento da guia - e aí vem com a
avaliação -, dão a informação do valor negociado, os técnicos avaliam e
entregam a guia. Essa guia tem validade por 180 dias, ou seja, a guia de
avaliação tem validade por 180 dias. A pessoa que pegou essa guia tem seis
meses para pagar com aquele mesmo valor. E o recurso, por outro lado, é de 30
dias. O que o Ver. João Antonio Dib, possivelmente através da orientação do
Governo, está tentando fazer aqui é corrigir, dizendo, com a Emenda, que esse
recurso também pode ser feito no prazo de 180 dias. É isso! Agora, nós estamos
pedindo, Ver. João Antonio Dib, se V. Exª concordar, que se faça uma Subemenda
- e eu não vou dizer uma correção, mas até pode, sim - no sentido de que esta
Emenda não está muito clara, Vereador - me permite V. Exª fazer esse registro.
O que diz a Emenda nº 01 ao PLCE nº 016/10, no artigo 30, § 3º, que pretende
fazer essa correção (Lê.): “O prazo para apresentação do recurso, acompanhado
do laudo de avaliação, será até a data da validade da estimativa ou até 30
(trinta) dias contados da data da emissão da guia de reestimativa, o prazo que
for maior”. Quer dizer, está muito confusa.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu lhe dou um aparte, sim.
O Sr. João
Antonio Dib: Nobre Ver. Bernardino, eu acho que realmente, à primeira vista, parece
ser confuso, mas esses 30 dias são depois da reestimativa. Essa Emenda veio da
Fazenda, e eu a apresentei. Eu creio que está perfeitamente bem: após a
reestimativa, ainda tem 30 dias. Veja bem, o art. 29 diz (Lê.): “Discordando da
estimativa fiscal, o contribuinte poderá solicitar, até a data de validade daquela estimativa...” Depois ele tem a reestimativa, e ainda ele tem
30 dias.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Aí nós temos
duas datas: a data da emissão e a data da validade. Os 30 dias são da emissão
da reestimativa ou 30 dias do final da estimativa? Aqui não está claro.
O Sr. João Antonio Dib: O Executivo está
dando os 180 dias para recorrer. Se houver reestimativa, haverá mais 30 dias.
Eu acho que a Emenda é muito boa. Realmente, é confuso...
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu peço a V.
Exª e aos Vereadores que vierem a esta tribuna, se assim entenderem, que a
possibilidade de se pedir a reestimativa ficasse vinculada à data da validade
da reestimativa. Perdoe-me, mas escreveram demais e explicaram pouco. Esse é o
meu modesto entendimento. Eu pediria, se houvesse a compreensão de V. Exª, que
a gente pudesse tentar consertar - não quero ser tão incisivo, mas eu tenho o
entendimento de que a leitura não está clara -, ou se pudéssemos adiar por um
ou dois dias, para conversarmos melhor e, quem sabe, fazer uma Subemenda à sua
Emenda. Era isso, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, houve
um apelo da tribuna para o adiamento da votação. Não sei se houve concordância
ou discordância sobre isso.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu concordo
com o senhor, houve um apelo do Ver. Bernardino, mas ele não nos encaminhou.
O SR. REGINALDO PUJOL: Se a Liderança
concordar, eu mesmo assino.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Ver. João
Antonio Dib, há um pedido do Ver. Bernardino para adiar a
discussão por uma Sessão.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, se
não houver o adiamento, vou querer discutir.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, só
quero contribuir. Este Vereador foi Relator desta matéria, e nós tivemos a
oportunidade, inclusive com integrantes da Secretaria da Fazenda, de discutir
na CCJ. Essa alteração é um pouco complexa, Ver. João Dib. Se existem algumas
dúvidas no Plenário em relação à aprovação do Projeto, imagino que possamos
transferir esta votação, talvez, para a próxima quarta-feira, nos permitindo
tirar algumas dúvidas, se elas existem. Confesso que, com a Emenda, fiquei...
Faço essa referência.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Se me permitem, consulto o Ver. João Antonio Dib, que aqui representa o
Governo, o que temos para votar; está na Emenda, diz o seguinte (Lê.): “O prazo
para apresentação do recurso, acompanhado do laudo de avaliação, será até a
data da validade da estimativa ou até 30 dias contados da data da emissão da
guia de reestimativa, o prazo que for maior”. Essa leitura está muito confusa.
A nossa proposta seria (Lê.): “O prazo para apresentação do recurso acompanhado
do laudo de avaliação será de até a data da validade da estimativa fiscal”.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, vou
concordar com o adiamento da votação, até porque, se consultasse o Plenário,
não haveria quórum.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação o Requerimento, solicitando o adiamento da discussão do PLCE
nº 016/10 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, eu percebo que o colega Vereador Airto Ferronato não
se encontra no Plenário. Nós não temos 24 votos, é sobre títulos. Eu só pediria a compreensão dos colegas Vereadores para
retirarmos da priorização o PLL nº 183/10.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Visivelmente
há acordo de todos os Vereadores. Está aprovada a retirada de priorização do
PLCE nº 016/10.
(O Ver. Toni Proença
assume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1387/10 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/10, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o inc. IV do art. 68 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, dispondo sobre a licença-gestante de vereadoras.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Pedro
Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João
Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo
Marques: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Adeli
Sell: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr.
Raul: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 129 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 04-10-10.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em discussão,
o PELO nº 002/10. (Pausa.)
O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para um esclarecimento.
O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): A Diretoria Legislativa me informa que a matéria só será discutida hoje
para ser votada em outra oportunidade. Correto?
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): É a 2ª Sessão de discussão.
O SR. REGINALDO PUJOL: Então, peço a
palavra só para discutir.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PELO nº 002/10.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, a minha vinda à tribuna é para cumprir um ato formal, para que
a discussão se realize no segundo turno e que possamos, na semana vindoura,
enfrentar essa matéria. Evidentemente, tenho posição favorável e acho que o
Município tem que dar o bom exemplo, estendendo por 180 dias a licença da
gestante. Há um consenso em torno disso, e precisamos oficializar essa
situação.
Por isso, Sr.
Presidente, eu faço esse registro tão somente com este objetivo, de cumprir
formalmente a disposição regimental que diz que a matéria deve ser discutida em
duas sessões consecutivas para, na 3ª Sessão, ser objeto de votação. Era isso,
Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Não havendo
mais inscrições para discussão desta matéria, está encerrada a 2ª Sessão de
discussão do PELO nº 002/10.
Vou pular a votação
do próximo Requerimento, o de nº 022/11, por ser de minha autoria, e, no
momento, não temos ninguém da Mesa para assumir a presidência dos trabalhos.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 028/11 – (Proc. nº 1710/11 – Ver. Luiz Braz) – requer seja o
período de Comunicações do dia 29 de agosto destinado a assinalar o transcurso
dos 54 anos da Academia de Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul –
Acadepol-RS.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação o
Requerimento nº 028/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Requerimento nº
022/11, de minha autoria, está transferido para votação na segunda-feira.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença – às 16h06min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3762/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/10, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao engenheiro Eduardo de Souza
Pinto.
PROC.
Nº 1349/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
concede ao senhor Paulo Rogério Silva dos Santos o título de Cidadão de Porto
Alegre.
PROC.
Nº 1416/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 040/11, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Carlos Manuel da Costa
Tomé.
PROC.
Nº 1472/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/11, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Claudio Damásio
Pacheco.
PROC.
Nº 1479/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
denomina Rua Professor Ascânio Ilo Frediani o logradouro público parcialmente
cadastrado conhecido como Beco Três – Avenida Edgar Pires de Castro –,
localizado no Bairro Restinga.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2454/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/10, de autoria do
Ver. Airto Ferronato, que
cria o Polo Educacional do Centro Histórico de Porto Alegre e dá outras
providências.
PROC.
Nº 1353/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 037/11, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Celito De Grandi.
PROC.
Nº 1451/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/11, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que
denomina Rua Hélio Carlomagno o logradouro público cadastrado conhecido como
Acesso E – Trevo Ipiranga-Salvador –, localizado no Bairro Jardim Botânico.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
Enquanto o Ver.
Reginaldo Pujol se encaminha, quero avisar os presentes que o Ver. Airto
Ferronato e o Ver. Adeli Sell estão atendendo aquela Comissão de Moradores do
Passo das Pedras, mas logo retornarão ao Plenário.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, mais uma vez se acentua na Casa uma situação com que tenho
manifestado minha profunda discordância, que tem a ver, sim, com a discussão de
Pauta que aqui vai ocorrer, eis que aqui há inúmeros projetos que estão sendo
discutidos e dois Vereadores que estavam inscritos não vão discutir porque
estão cumprindo outra tarefa.
Ora, Sr. Presidente, eu entendo que todos têm a sua
estratégia de cumprimento do mandato, mas não vou transigir, Ver. Brasinha - V.
Exª, que me faltou na votação aqui -, não vou deixar de cobrar no sentido de dizer
que não pode haver compromisso oficial da Casa simultaneamente com as Sessões
Plenárias de deliberação. Nada justifica a ausência nesses dias aqui.
Por isso, até pego como exemplo a pessoa que mais
quero desta Casa, que é o Ver. Brasinha, meu parceiro de boa jornada. Por isso,
o Ver. Brasinha acabou, hoje, indo cumprir outra atividade, porque todos estão
fazendo isso aqui. E aí, na hora de conseguir quórum na votação, é uma
dificuldade muito grande, Ver. Ferronato.
Então, o seguinte: quarta-feira, especialmente, é
dia que a Casa delibera. Vejam bem que hoje nós deliberamos muito pouca coisa,
porque, na maioria delas, não teríamos quórum para enfrentar a votação, caso do
título proposto por V. Exª ao Ercy Pereira Torma, que precisa, obviamente, ter
24 votos, e, na votação que tivemos, obtivemos 20, 21 votos, no máximo.
Por isso, Sr. Presidente, eu viria à tribuna para
fazer um comentário a respeito da atuação dos colegas Vereadores, de que há
inúmeros Projetos em votação, desde o Projeto do Ver. Alceu Brasinha, que
concede o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Engenheiro Eduardo de Souza
Pinto, e que tem a minha mais ampla solidariedade e o meu maior apoio, por
tratar-se de um cidadão que, há pouco tempo, está aqui no Rio Grande do Sul,
mas que se integrou, de forma decisiva, no nosso cotidiano. Hoje, ele já deixou
de ser baiano para passar a ser gaúcho em função do trabalho que realiza junto
à empresa Grêmio Empreendimentos, na construção da Arena do Grêmio, lá bairro
Humaitá. Então, o Ver. Brasinha, que faz essa proposta, recebe de mim o mais
amplo apoio, como também o Ver. João Antonio Dib, quando propõe a concessão do
Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Celito De Grandi, merecedor de todas
as homenagens desta Casa e deste Estado, pela biografia magnífica que tem de
bons serviços prestados à comunidade e, mais do que isso, prestados com muita
sensibilidade, muito espírito público, sobretudo com muita argúcia na sua
capacidade de homem de comunicação.
Por isso, Sr. Presidente, eu fiz questão de registrar
o meu apoio a esses dois Projetos, podendo também, obviamente, estendê-lo a
outras situações, mas esse eu quis explicitamente colocar. De um lado, este
cidadão que se incorporou à vida do Estado, Engenheiro Eduardo de Souza Pinto;
e, de outro, esse homem de comunicação, com uma biografia magnífica, Diretor da
DRT - Delegacia Regional do Trabalho -, Chefe de Gabinete do Governador do
Estado, do Presidente da Assembleia, enfim, um currículo dos melhores, e que
não é nascido na nossa Cidade. Por isso, passa a receber, pela proposta do Ver.
João Dib, a titulação de Cidadão de Porto Alegre e se incorpora, obviamente, ao
nosso Conselho de Cidadãos.
Outro ponto, Sr. Presidente, eu não posso deixar de
assinalar e o faço, inclusive com muita satisfação, é a circunstância de o Ver.
Thiago Duarte pretender denominar uma rua como Professor Ascânio Ilo Frediani,
logradouro público parcialmente cadastrado, conhecido como Beco Três da Avenida
Edgar Pires de Castro. Eu não conheço esse cidadão, mas a denominação dos chamados
“becos”, eu acho que é absolutamente conveniente que ocorra, até para promover esses locais e para comprometer, de certa fora, a
municipalidade a, efetivamente, transformar o beco em rua. Eu me lembro de que,
há alguns anos, o Ver. Mario Fraga - hoje ausente por estar em Brasília
gestionando pelos interesses de Belém Novo - apresentou alguns projetos dessa
ordem, especialmente lá no Chapéu do Sol e na Vila Maria. Hoje, aquilo que foi
beco, no passado, são ruas, ou artérias urbanizadas, com nome, com
identificação, com CEP. Muitas pessoas não compreendem a importância que tem
para os moradores de ruas que estão nessas circunstâncias a decisão da Casa de
denominá-las com número, com nome de pessoas dignas que passam pelo crivo da
Casa e que, evidentemente, merecem esse apoiamento.
Sr. Presidente, eu
faço esses registros, neste período de discussão de Pauta, para que fique bem
acentuado o meu apoio às proposições dos Vereadores Brasinha e João Dib, que
concedem a cidadania de Porto Alegre, respectivamente, ao Engº Eduardo de Souza
Pinto e ao comunicador, ao Jornalista, ao grande homem de comunicação do Rio
Grande do Sul, que é Celito De Grandi. Registro feito, Sr. Presidente, agradeço
a sua atenção e concluo o meu pronunciamento.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, está na Pauta, em 2ª
Sessão, na tarde de hoje, um Projeto de minha autoria e que eu reputo,
acredito, compreendo merecer a atenção de toda a Casa. Estou propondo criar em
Porto Alegre, no Centro Histórico da Cidade, o Polo Educacional do Centro
Histórico de Porto Alegre. Por quê? Quando nós discutimos o Plano Diretor, eu
fui o Relator da Temática Centro e Cais do Porto, e o Ver. João Dib foi o nosso
Presidente, desde lá, vimos discutindo o assunto com diversas personalidades da
Educação que transitam no Centro.
O Centro da cidade de
Porto Alegre está prestes a receber, ou já está recebendo, algumas
intervenções. Dá para citar, por exemplo, o Camelodrómo - o nosso Centro
Popular de Compras -, o Projeto Monumenta, que também traz melhorias e
embelezamento para a Cidade; o Caminho dos Livros, o Corredor Cultural, e nós
estamos propondo o Polo Educacional. Nós temos, no Centro Histórico da Cidade,
em torno de 80 instituições de ensino. Por ali transitam, em média, 25 mil
pessoas por dia. E nós temos, de outro lado, a ideia de que teremos, em breve,
o Cais Mauá revitalizado. Se nós temos um volume de pessoas, principalmente
jovens, estudantes, professores e profissionais de ensino, em torno de 25 mil
pessoas que passam pelo Centro, a revitalização, ou a vitalização do Centro,
movimenta-se por tudo que por ali se pretenda inserir, mas ela vai se
movimentar também - e se movimenta hoje - pelo volume de estudantes,
professores e servidores da Educação que por ali passam. Por isso, concluímos
dizendo que, certamente, no Brasil, não há outra cidade, outra Capital que
tenha tantas instituições de ensino como tem Porto Alegre no seu Centro
Histórico. Não há, no Brasil, outra Cidade ou Capital que tenha tanta gente
circulando no Centro em razão da educação. Portanto, pensar no Centro Histórico
de Porto Alegre é pensar em tudo o que se está pensando, é pensar numa grande
obra para o Cais Mauá, e é inquestionável também pensar como Porto Alegre possa
vir a contribuir para fazer com que esse cidadão jovem e essa cidadã jovem que vêm
ao Centro da Cidade tenham o reconhecimento dos seus compatriotas, dos
munícipes, mas, também, ações do Executivo propostas pela Câmara Municipal, no
sentido de fazer desse espaço um espaço importante para a Cidade.
Se nós analisarmos o Centro de Porto Alegre, falta
iluminação pública. Falta, não, é deficiente, deficientíssima. Não se tem rota
constante, consistente, intensiva de policiamento; não se tem câmeras de vídeo.
Agora vão dizer que tem. Claro que tem! Meia dúzia, concentrada em um ponto A,
B ou C; a nossa proposta é que se faça em toda a rota que tem ali, porque o
Centro abarca isso, não é apenas em uma, duas ou três ruas, temos diversas ruas
que têm isso. Então, não temos iluminação, falta policiamento, falta câmera de
vídeo-monitoramento. Nós temos baixa, péssima, ruim, muito ruim para o estudante
a sistemática de linha de transporte coletivo, todas elas se reduzem a uma,
duas ou três artérias que saem do Centro. Acho que dá para se pensar em algumas
coisas. Dá para se pensar, por exemplo, numa parada de ônibus segura para o
aluno ou aluna que sai do colégio por volta das 10 e meia, 11 horas. Não sei
como poderíamos pensar em nossos filhos no Centro, estudando à noite, tendo que
sair do colégio, da faculdade ou do curso às 11 horas e terem que andar duas,
três, quatro, cinco ou seis quadras para tomar seu ônibus, seu lotação. Por
isso eu acho que é interessantíssimo que Porto Alegre sinalize com uma proposta
que pense na questão daqueles que vão ao Centro, especialmente à noite, e
daqueles que vão ao Centro para toda e qualquer atividade, e, muito especialmente,
para aqueles que vão ao Centro na ideia, na busca de seu estudo para sua vida.
Portanto, a ideia é esta: o nosso Polo Educacional do Centro Histórico de Porto
Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Srs.
Vereadores, eu fiz um Projeto de Lei para conceder o Título de Cidadão de Porto
Alegre ao extraordinário e competente Engenheiro Eduardo de Souza Pinto. Por
que competente? Por que extraordinário, Vereadores? Porque, há quatro, quase
cinco anos, desde que começou a negociação da Arena do Grêmio, esse cidadão, o
Engenheiro Eduardo de Souza Pinto, tem demonstrado boa índole e muito caráter,
merecendo ser presenteado com este Título, porque ele realmente trabalhou
muito, Ver. Ferronato. Desde que começou o projeto da Arena do Grêmio, houve
muitas reuniões, audiências públicas, e ele sempre esteve presente,
bem-humorado, debatendo o assunto com a comunidade e com as pessoas que o
procuravam.
O Eduardo é um rapaz,
se assim o posso chamar, que está trabalhando pela Cidade, que vai dar uma cara
nova para ela, fora as compensações que serão feitas, fora o Parque Alim Pedro,
que será totalmente remodelado. Eu e o Prefeito José Fortunati apresentamos o
Parque Alim Pedro para ser incluído nessa compensação.
Então, nada mais
justo que pedir o apoio dos meus colegas Vereadores para aprovarmos este
Projeto. Certamente, o Eduardo vai honrar este Título para sempre, porque ele
não quer sair mais daqui de Porto Alegre. Ver. Toni Proença, ele gostou tanto de Porto
Alegre, que, certamente, vai ficar permanentemente aqui. Esse cidadão,
engenheiro, tem outra visibilidade da Cidade, a visibilidade do crescimento.
Esse cidadão, para nós, sempre é bem-vindo.
Esse cidadão pensa à frente, em Porto Alegre da
Copa do Mundo, e certamente, se nós não pudermos usar a Arena do Grêmio, alguma
coisa será feita, como treino, quem sabe até algum jogo. E ele, como diretor da
empresa, tem este compromisso de entregar pronta a Arena Grêmio Foot-Ball
Porto-Alegrense, no final de 2012.
Em nome dos meus colegas Conselheiros do Grêmio, do
meu Presidente Paulo Odone, que também está conosco na oferta deste Título de
Cidadão Porto-Alegrense, com as mesmas palavras do Ver. Reginaldo Pujol, eu -
não por ser o proponente, quero ter a colaboração dos meus colegas Vereadores -
faço este apelo aos Srs. Vereadores, pois certamente esta Casa vai ter o
privilégio de presentear com o Título de Cidadão Porto-Alegrense, Ver.
Bernardino Vendruscolo, um engenheiro da mais alta qualidade, que mais pensa em
construção; um engenheiro que está sempre pensando no meio ambiente; um
engenheiro, Ver. Idenir Cecchim, que está preocupado com a situação do cidadão
das vilas, das pessoas que mais precisam. Isso, sim. Essas são minhas palavras.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, V. Exª
está dando um título para um homem que constrói, um homem que ajuda a gerar
emprego, um homem que vai embelezar a entrada da Cidade e que vai colocar a
cidade de Porto Alegre, com a sua empresa, com a sua competência, com o bom uso
da sua qualidade profissional, entre as grandes cidades do mundo que têm uma
arena, como a Arena do Grêmio. Então, cumprimentos. Acho que ele é um cidadão
que veio de fora para construir e que, certamente, tem todo o mérito para
receber este Título.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Para concluir, volto a dizer: esta Cidade cada vez vai crescer mais.
Eu cheguei há 33 anos, Ver. Bernardino Vendruscolo,
em Porto Alegre, naquela Rodoviária. Eu sempre questiono a Rodoviária, porque a
Rodoviária realmente não deveria continuar ali, ou teria que se fazer uma
grande reforma, uma grande obra para mudar a cara a Cidade. Se vier a Copa, se
vier o Trensurb, com todas essas coisas vindo para cá, por que não colaborar e
deixar a Rodoviária como um cartão de visitas para quem chega em Porto Alegre?
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Registro a
presença do Conselheiro do Orçamento Participativo, Carlos
Boa Nova.
Nada mais
havendo a tratar, encerro os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h29min.)
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